Depressão reduz memórias e emoções do cérebro

Quando você pensa em depressão, provavelmente pensa em se sentir triste e deprimido por longos períodos de tempo, perdendo sua energia e seu interesse pelas coisas que você gostava, dormindo muito ou pouco e comendo muito ou pouco. Sim, você está certo.

Mas, além disso, a depressão pode realmente mudar sua capacidade de pensar. Ela pode prejudicar sua atenção e memória, bem como suas habilidades de processamento de informações e tomada de decisão. Também pode diminuir sua flexibilidade cognitiva (a capacidade de adaptar seus objetivos e estratégias às mudanças de situação) e o funcionamento executivo (a capacidade de executar todas as etapas para realizar algo).

 

Como a depressão afeta a memória?

A depressão causa muitos sintomas desagradáveis ​​e a perda de memória é uma das menos conhecidas. Descubra por que isso acontece e o que você pode fazer sobre isso.

Pensa-se que os problemas de memória relacionados à depressão ocorram porque a velocidade de processamento do seu cérebro – sua capacidade de captar informações de maneira rápida e eficiente – fica prejudicada quando você está deprimido, o que afeta a maneira como você processa e recupera memórias.

Além disso, muitas pessoas deprimidas também se distraem e têm dificuldade em se concentrar. Isso pode impedir que elas realmente estejam focadas nas coisas suficientemente para se lembrar delas. A depressão tem uma tendência a prendê-lo em ‘ciclos negativos de pensamento’, e é por isso que foi chamado de ‘fenômeno de interferência’ por alguns especialistas.

Existem duas áreas em seu cérebro onde você produz novas células cerebrais. Uma é o hipocampo, que está envolvida diretamente na memória. Acontece que esse crescimento diminui em casos de depressão.

 

Pesquisas científicas globais

O hipocampo é uma das áreas únicas do cérebro que gera rapidamente novas conexões entre células. O que se perde aqui são conexões entre células e não as próprias células. Segundo um estudo global, o hipocampo, área do cérebro responsável pela memória e pela emoção, diminui em pessoas com depressão recorrente e mal tratada.

Os resultados destacaram a importância do tratamento precoce da depressão, principalmente em adolescentes e adultos jovens, concluiu o estudo. Quinze institutos de pesquisa em todo o mundo, incluindo EUA, Europa e Austrália, colaboraram para combinar os resultados de seus estudos menores, comparando os hipocampos de pessoas deprimidas e saudáveis.

Isso permitiu que eles examinassem os dados de ressonância magnética cerebral de 8.927 pessoas, 1.728 das quais apresentavam depressão maior, e as demais eram saudáveis. Os pesquisadores descobriram que 65% dos participantes deprimidos do estudo tinham depressão recorrente e eram essas pessoas que tinham um hipocampo menor. Ele fica próximo ao centro do cérebro e está envolvido com a memória de longo prazo, formando novas memórias e conectando emoções às pessoas.

 

O que você pode fazer?

O tratamento da depressão geralmente envolve uma combinação de medicamentos, terapias e autoajuda.

Além dos medicamentos, a terapia cognitivo-comportamental pode ensinar as pessoas a reconhecer e desafiar padrões de pensamento distorcidos. Outra abordagem que auxilia no quadro de depressão é o treinamento cognitivo, que utiliza exercícios práticos para melhorar a memória e o funcionamento executivo. A combinação dessas intervenções comportamentais com antidepressivos pode produzir resultados mais positivos para melhorar as deficiências cognitivas relacionadas à depressão.

 

Um cérebro saudável tem uma velocidade ideal

Se você está dormindo, sua atividade cerebral deve ser lenta. Se você está sendo perseguido por um leão, sua atividade cerebral é rápida. Mas, às vezes, a atividade cerebral é persistentemente rápida ou lenta demais, independente da circunstância. Se seu cérebro continuar funcionando na velocidade errada, isso pode causar uma série de problemas sérios que você não consegue controlar.

No passado, a ciência sustentava que o cérebro não podia mudar. Nos últimos anos, aprendemos que isso não é verdade. A neuroplasticidade do cérebro permite que ele seja flexível e dinâmico. Com os treinamentos e exercícios cerebrais da Escola PraticaMente, você pode fazer alterações saudáveis ​​na estrutura do seu cérebro que permitem que ele funcione melhor, para que você se sinta melhor.

Enraizados na neurociência, não baseamos nosso programa apenas em sintomas e comportamentos. Nosso programa é desenvolvido com base em dados reais do cérebro e nossos alunos experimentam um melhor desempenho cerebral e alívio dos sintomas, incluindo quadros depressivos.

Flávia Valadares – Neurocientista Fundadora da Escola PraticaMente

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