8 coisas que eu gostaria que as pessoas soubessem sobre ser mãe de uma criança com TDAH

Quero começar com o relato de uma mãe de um aluno:

A partir do minuto em que entramos no restaurante com meu filho de 8 anos, sabia que estávamos em um momento difícil. O restaurante estava cheio e barulhento. Não era para crianças, e meu filho tem TDAH. Nós nos sentamos em uma mesa e, em poucos instantes, ele já estava se mexendo todo em sua cadeira. Ele pegou o saleiro e o pimenteiro e começou a brincar com eles, fingindo que eram carros de corrida. Eu continuei observando, explicando calmamente, mas com firmeza, que eles não eram brinquedos e ele precisava deixá-los em cima da mesa.

Mas no segundo em que me virei para olhar o cardápio, ouvi uma voz aguda da outra mesa. Era outra mãe, repreendendo meu filho por “empurrar” o pimenteiro em cima do braço de sua filha. Eu imediatamente me senti envergonhada.  Eu fiquei tensa, voltei para o meu filho e gritei: – O que você está fazendo? Eu lhe disse para guardar as coisas!

Quando a mãe e alguns outros fregueses me encararam, minha vergonha se uniu a um sentimento familiar de culpa e medo. Eu tive essa experiência antes, e eu continuarei a tê-la muitas outras vezes novamente. E todas as vezes que isso acontece, dói.

Eventualmente, na posição de psicopedagoga e neurocientista da aprendizagem, percebo algo muito comum nas falas de mães: a maioria das pessoas que julgam, fazem isso porque simplesmente não sabem como é viver constantemente nessa situação. Então, aqui está o que eu gostaria que as pessoas entendessem sobre uma mãe, sobre a criança e sobre o TDAH:

NÃO É CULPA DELE

O cérebro do meu filho funciona de maneira diferente das outras crianças – é um problema neurológico. Ele não está fazendo essas coisas de propósito. Acredite, se ele pudesse controlar melhor sua impulsividade, hiperatividade, falta de foco e emoções exageradas, ele o faria. Não é divertido lutar com essas coisas.

NÃO É MINHA CULPA QUE ELE SE COMPORTE DESSA MANEIRA

Eu nem sempre posso fazer a coisa certa como mãe, mas minha maternidade não é a causa de seus desafios. Sim, eu o disciplino. E quando ele age, dou-lhe consequências. Mas o que funciona com outras crianças muitas vezes não funciona com ele. Ou não funciona o tempo todo. Às vezes me culpo, mesmo não tendo certeza do que estou me culpando.

TDAH É COMPLICADO

Não se trata apenas de estar “hiper” ou não escutar. O que você vê não é nem a metade disso. Ele luta de todas as maneiras que você nem percebe – com coisas que você pode tomar como certas em seus próprios filhos. Fazendo a lição de casa, mantendo o controle do tempo, organizando suas coisas e seus pensamentos.

 ELE NÃO ESTÁ SENDO RUDE OU DESAFIADOR

Bem, ele pode ser de vez em quando, como qualquer criança. Mas o comportamento que você pode ver como desrespeitoso (para mim ou para outras pessoas) não é realmente isso. Uma vez que meu filho percebe que ele está errado ou que cometeu outros deslizes, ele se sente péssimo.

 NÓS DOIS ESTAMOS TENTANDO O MÁXIMO QUE PODEMOS

O TDAH pode afetar o aprendizado e o desenvolvimento desde uma idade muito jovem. Eu trabalho duro para ajuda-lo nas tarefas escolares. Tive dificuldade em encontrar uma escola que o aceitasse. Ele precisa de uma sala de aula onde possa se sentar longe das janelas, que seja leve no dever de casa e de um professor que lhe dê instruções passo a passo.

FICO MUITO ESTRESSADA

Algumas vezes, chego a me desesperar, tenho crises de choro, questiono-me sobre o que estaria faltando e perco o controle, grito ou dou-lhe uns puxões de orelha (fico arrependida depois). Sinto-me desgastada pela necessidade de monitorar meu filho com TDAH frequentemente, mas o amor incondicional me leva a prosseguir.

SENTIR-SE JULGADO PIORA TUDO

Isso nos isola, quando o que mais precisamos é de apoio.

ELE É MUITO MAIS DO QUE O SEU TDAH

Se as pessoas pudessem olhar além do seu transtorno, elas veriam a pessoa que eu vejo. Ele é engraçado e inteligente. Ele é leal. Ele se levanta quando cai e tenta novamente. Mais importante, ele tem uma tremenda empatia. E ao contrário de muitas pessoas, ele mostra isso o tempo todo.

E O QUE FAZER?

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Flávia Valadares – Neurocientista e Psicopedagoga da Escola PraticaMente

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